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O que escutei de um head do Google e hoje tenho que viver na prática

Métricas e dados
calendar 20.5.2016

Pensar no crescimento de uma empresa e planejar os seus próximos 3, 5 ou 10 anos é um grande desafio. Entendi que a maior importância em todo esse processo é o de identificar e empoderar gente boa. 

Perceber na prática a importância de gente no meio corporativo

Meu último artigo relatou nossa rotina em busca de talentos e como isso me ajudou a ver e entender a crise empiricamente.

Se você tiver curiosidade, dá uma olhadinha aqui: https://changeable-mud-patch.blogs.rockstage.io/blog/crise-no-brasil-entrevistar-candidatos-me-mostrou-a-realidade/

A boa notícia é que a gente está conseguindo seguir na mesma velocidade de crescimento enquanto nosso processo de recrutamento nos dá suporte para encarar este caminho, nos ensinando cada vez mais a importância da cultura de “gente boa” e ajudando a enraizar isto em todo nosso time.

Em 2014, quando ainda não estava na Neo, participei de uma mentoria coletiva, ministrada pelo Deli Matsuo (um ex head do google e hoje CEO da Appus), a qual mostrava a evolução dos modelos de gestão desde a Toyota até mais recentemente, o Netflix.

Lembro e achei anotado em um velho caderno meus principais aprendizados sobre o assunto, inclusive uns rabiscos imaginando o que hipoteticamente eu conseguiria ver no dia-a-dia empreendedor quando de fato voltasse a encará-lo.

Hoje, acho que já tive muitos dias que me possibilitam fazer este paralelo. Abaixo, cito 4 dos meus principais aprendizados da época e a visão que tenho atualmente.

1 – Quando o planejamento estratégico deveria ser muito menos importante do que as pessoas do seu time

Percebo que muito empreendedor e gestor gasta muito mais tempo redefinindo processo, planejando novas estruturas e fazendo inúmeras reuniões para discutir os 3, 5, 10 próximos anos do que pensando em como treinar melhor seu time, trazer gente boa e criar oportunidade para eles crescerem junto com a empresa. Gente boa se vira, cria seu processo, joga junto e faz acontecer. É mais fácil achar as pessoas certas para depois criar ou modificar os processos e planos.

2 – Cultura não é o que você fala, é o que você faz

Este talvez seja o aprendizado mais duro de ser e perceber. O seu time provavelmente vai lhe escutar, valorizar e criar grandes expectativas sobre as coisas que a eles são faladas e prometidas, entretanto, se no outro dia você não reforçar ou ser isto em carne e osso, a credibilidade vai baixando até você cair em descrença, e ai o caminho de volta é muito mais difícil. Lembre-se: é muito mais importante ser e parecer do que falar palavras bonitas ou benchmarks interessantes (algumas vezes achei que isto fosse uma boa estratégia e só);

3 – Recrutar bem é obrigação

Saber recrutar é essencial para uma cultura de alta performance. Esqueça seu passado, não veja como custo e crie o mindset da importância disto. Vai muito além do processo, o grande desafio é deixar isto internalizado em todas as lideranças e depois ao time. As pessoas só verão o processo de recrutamento como aliado quando ele fizer parte do dia-a-dia das coisas que mais importam para a sua empresa, ao contrário, este processo gera medo e desvalorização. Trazer gente boa é muito difícil, mas depois das primeiras tudo vai ficando mais fácil.

4 – Crie oportunidade

Pessoas de alto potencial só ficam em algum lugar na combinação de três elementos: Perspectiva (aonde posso chegar) x Aprendizado (estou me desenvolvendo?) x Relação (admiro meu chefe? meus colegas?). O líder tem que saber que para crescer tem que ter alguém melhor do que ele para subir e assim por diante…empresa de alto crescimento deve ser uma máquina de oportunidade, só assim ela perpetuará a cultura de “gente boa” caso este seja um dos objetivos e/ou core.

Conclusão

A cultura assim como o sonho deve estar sempre sendo revisado e reforçado, é normal mudanças ocorrerem a medida que o tempo vai passando e a empresa crescendo.

Talvez o que mais importasse para nós a dois anos atrás fosse completamente diferente do que importa hoje. E, talvez, os próximos dois anos nos ensinem coisas ainda mais legais ou duras.

Mas o que não podemos perder, caso sejamos ainda uma empresa e profissionais ambiciosos, é que somente iremos chegar longe se o mindset de “gente” estiver muito bem difundido em nossas cabeças.

E o pior, ás vezes, mesmo sabendo o que fazer, a dificuldade está em como tornar toda essa preocupação em cuidado e execução.

O inimigo de “ser e parecer” é o caos do dia-a-dia, que frequentemente nos expõem a uma série de problemas com clientes, produto ou falta de processos.

E quando parece que nem sendo 24×7 a gente vai conseguir dar conta de todos os projetos cools que vão fazer a empresa crescer.

Contudo, é justamente nessas horas que devemos respirar fundo e pensar que quanto mais e o quanto antes este mindset for difundindo e internalizado, mais tempo os líderes terão para pensar estrategicamente. E assim, seu time poderá resolver problemas grandes e cavar boas oportunidades de tornaram-se mais estratégicos.


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